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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Justo eu, dona Maria!


Justo eu, dona Maria !

Várias pessoas umas mais íntimas outras menos, mas todas de alguma maneira, muito próximas ao ponto de cobrar deste escriba algumas bem traçadas linhas a propósito da tragédia brasileira na copa da fifa.

Justo eu que o único gosto pelo futebór é declarar minha exclusiva torcida pelo ASA de Arapiraca, apenas por que eu e o ASA nascemos lá, embora distanciados pela Lagoa do Rancho.

Justo eu que de futebór, das estratégias em campo, nada quero aprender e acompanho mais o futebór pelos noticiários econômicos e financeiros.

Justo eu que parei de contar no seis a zero e anulei o sétimo e o primeiro canarinho, por que sete é um número que pulo em tudo, menos no bingo.

Pois é dona Maria, pelo jeitão da coisa o planejamento estratégico precisa acompanhar a sede do povo de vitória da seleção, precisa ser de verdade pra valer a torcida e o sangue fervendo do povão.

Pois é dona Maria, justo quando a copa é no Brasil a nossa seleção perde daquele jeito.

Pois justo quando o povão fez esses lindíssimos estádios e estradas e deu um jeitim nos aeroportos pra não faltar passagens pros assistidores dos jogos sentados naquelas cadeiras novinhas...ah tia, se engane não, em dois mil e dezoito tem mais copa da fifa e até lá o njr já estará são e salvo e o ânimo dos torcedores também.

É... seria bom que o Comitê Olímpico mostrasse o bom e estratégico planejamento que fez uns quatro anos atrás, traduzido em muitas medalhas, justo quando as olimpíadas serão no Brasil... na nossa casa... sim, é justo dona Maria!

Não vou mais fugir do assunto e rabiscar umas palavras claras lá na internete.
 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

luzscritos


<Eis-me que ninguém me vê
ou
janelas do meu quarto

Léo Arantes

no filme O zero não é  vazio >
Sombra

Um sol magro trêsdatarde causava  leve sombreado ababaixo do chápeu, refrescava retina no verão de trinta e cinco graus.
Duas pequenas sacolas, nem pesavam além da conta.
Levantar cabeça para ouvir melhor o buzineiro dos ciclistas. Pasmar total, sentir um friomorno na boca do estômago subir e descer e grudar nas pleuras, por instante, ver estrelas piscando osolhos com rítmo para segurar o limomorno inchando  as pernas molezandotodo...desidratando os meiacinco quilos. Piscar piscar piscar e arregalarolhos tanto, que a língua secou palavras e ruídos. Os prédios da avenida são joão rodaram comoquerendo cair em torno da-aba-domeu-chápeu
Ali mesmo, choque total ao ver passar o cavalheiro com um quê, aquele arjeitão elegante e largo. 
Recém chegado ao bairro, na primeira vez que vi o sósia de Augusto Boal, me senti... não diante de um fantasma... De uma performance do além sim... aqui mesmo: Ele, o filho do padeiro, espetacular desfilava...
Apenas na minha memória, ria. 


Brilho
<para Jac, no espelho do banheiro de lata>

Tempos depois as ameninas choravam já agora, umas lagrimazinhas de Lali e Lena saídas de uma página não escrita por Clarice  no   ' Isto ou aquilo'  da minha imaginação.

- Lena, que linda, por que choras pequena?
- Lali, não chore, pare e fale!  

Não adiantavam os versos guiarem  minha emoção olhando com olho molhado. 
Todos estavam de olho molhado no meu olhar sem leme, no vagão da linha verde.
As gêmeas  de menos de hum metro estavam lindíssimas em seus uniformes da seleção brasileira, duas canárias da terra da cocada queimada, com todos aquelas bijus, saia shorts, fitas & tintas e verde amarelos brilhantando nos vidros das janelas & aço inox por todos os lados.
O vagão do metrô  sete vezes triste no coração de cada hum-eu e a garganta seca com a goleada que os dez loirinhos mais o negão alemão gravaram na seleção canarinho.


Graciosa

- Valei-me meu sãjosé, valei-me a virgem maria!

 ( Dona Graça gritou tantas e tantas vezes, a sacolinha de mercado caiu espalhando as mercadorias que nem eram tantas, umas cebolas, couve, alecrim fresco e...).

-  É a visão do anjo ! Valei-me, valei -me ...

( Disparou a rezar enrolado, logo alguns meio conhecidos da vila já foram acudi, olhava na minha direção e repetia os benditos já sem desespero e sem pane aparente).

- Venha cá meu filho !

 ( Segui em sua direção ainda assustado).

- Você já morreu faz uns quinze anos!

- Morri não, estou aqui vivinho como pode sentir minha mão.

- E onde você estava Severino?

- Meu nome é Cláudio, minha senhora.

- Mas é a cara do professor Severino.

- Quantos anos a senhora tem?

- Já estou com noventa e sete, eu moro ali, na rua borboleta amarela.

- É mesmo assim, num dia de sol como esse muita gente confunde um com outro parecido. Disse eu.

- Então Jacinta, me leva pra casa, que já incomodei demais o moço.

 ( Seguiu amparada pelas netas).

Fiquei constrangido em dizer, que conheci muito bem o defunto em questão, na temporada que viveu naquele lado do jardim helena e em outros vidas, antes de ser cremado na vila alpina.
 

Manhã

Uma preguiça estava passeando, dezdamanhã, sábado só no caminho da P2, na imagem fincada na câmera tinha um arjeitinho, cara de alegria, não no sorriso dos dentes, lábios... no ritmarolhos, na dança da câmera lenta.

{cg}